segunda-feira, 27 de abril de 2009

PRECICLAGEM

Aqui vai mais um tema para reflectir:Além dos 3R’s, (Reduzir os desperdícios, Reutilizar sempre que for possível antes de deitar fora, e Reciclar, ou melhor, separar para a reciclagem, pois, é isso que fazemos; na verdade, individualmente, não reciclamos, separamos), sobejamente conhecidos por todos,  poderemos,  exercer mais um acto de cidadania activa e participativa se introduzirmos um outro conceito e, consequentemente, “novas” atitudes na nossa vida de consumidores, a Preciclagem.

O que é a preciclagem? Preciclagem é o conceito de preocupação dos consumidores em diminuir a produção dos resíduos logo no acto da compra, optando pelos produtos de material biodegradáveis ou recicláveis ou reduzindo a quantidade de embalagens.

40% do que nós compramos é lixo. São embalagens que, quase sempre, não nos servem para nada e que vão directamente para o lixo (e mesmo que este continue o seu percurso de transformação e seja reciclado, haverá consumo de energia nesse processo)!

Pensar antes de comprar é o lema da preciclagem! Pensar nos resíduos que serão gerados com as nossas compras depois de satisfazermos as nossas “necessidades”, bem como, pensar no seu percurso, em termos energéticos, desde a matéria prima até à prateleira do supermercado ou loja, é um acto de cidadania activa e participativa.

O primeiro gesto, passa por evitar o excesso de embalagens, o que equivalerá a recusar todos aqueles papéis, fios e saquinhos com que os comerciantes, simpaticamente, nos brindam. Nas grandes compras semanais a melhor solução será a de regressar ao uso do cesto ou saco de pano (há alguns tão giros e funcionais que podíamos promover a campanha do saco de compras mais ergonómico e artístico!). Para além disso, e sempre que tivermos a possibilidade de escolher, devemos optar pelas embalagens de papel em detrimento das plásticas, já que, por enquanto, a reciclagem deste último material é ainda ecologicamente agressiva. No domínio das bebidas dar preferência aos produtos embalados em materiais com retorno; a reutilização do vidro contribui para a redução dos efeitos provocados pela extracção de areias necessárias ao seu fabrico. Quando não for possível devolvê-lo, claro que o depositaremos nos vidrões (por cada tonelada de vidro velho poupam-se 400 kg de areia e reduz-se substancialmente a quantidade de energia e água necessária ao fabrico de vidro novo)! No caso da limpeza doméstica, existem já algumas alternativas menos agressivas para o ambiente, embora longe do desejável. Nos detergentes para lavagem de roupa devemos dar preferência aos isentos de fosfatos; nos detergentes para a loiça optar pelos biodegradáveis e na compra de electrodomésticos devemos dar atenção às indicações referentes aos consumos de água e energia.

Preciclar é pensar que a história das coisas não acaba quando as deitamos para o lixo e começou muito antes de as encontrarmos e comprarmos!

Afinal, preciclar é fácil e deve fazer parte do nosso dia-a-dia, ajudando a preservar o Ambiente. Afinal, nós podemos decidir e agir local como quem pensa global!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Coelhos morrem às centenas no Pico

Já começam a chegar ecos da falta de controle e acção concreta no que diz respeito à fauna local! Os coelhos do Pico estão a morrer, como se pode ler no Faial on Line e como pude constatar no último fim-de-semana.
Este facto, vem aumentar a preocupação sob a forma como os raticidas são "espalhados".

É que os raticidas não envenenam apenas os ratos! Envenenam roedores, em geral, por via directa, e os seus predadores (aves, por exemplo), por via indirecta!

"Os Rodenticidas são os tóxicos utilizados para matar roedores. Entre os vários tipos existentes devem-se destacar os Anticoagulantes, grupo mais utilizado a nível mundial. Este tipo de tóxicos existe desde 1940 e a sua potência tem vindo a aumentar progressivamente em resposta às resistências adquiridas pelas populações de roedores.

Com as substâncias mais antigas, como a Warfarina, era necessário que os roedores ingerissem vários iscos, porque a sua potência era relativamente baixa. Actualmente existem os chamados rodenticidas de segunda geração, como a Bromadiolona ou o Brodifacume, que são no mínimo 100 vezes mais potentes que a Warfarina, e podem matar os ratos de forma imediata após uma única ingestão do produto.

O impacte destas “novas” substâncias sobre diversas espécies de fauna selvagem, em particular aves e mamíferos, foi comprovado com diversos estudos científicos experimentais e com a ocorrência de elevadas mortalidades após campanhas de uso de rodenticidas em vários locais em todo o mundo."

Já agora, gostava de acrescentar, que no Faial, o princípio activo do veneno que tem sido usado é a referida Bromadiolona.

Ver mais em: http://www.faialonline.com/?p=3914

sábado, 11 de abril de 2009

Preocupações e prioridades de acção

As  minha preocupações urgentes, como membro de “Os Verdes”, são a gestão dos resíduos, a gestão da água e a gestão da energia! Mas vão surgindo outras (tantas!)!... Por exemplo,  a oportunidade de valorizar a produção local, consumindo, de forma consciente e deliberada os produtos locais (estímulo da economia local e diminuição da libertação de gases de estufa por redução de transportes, entre outras vantagens), a necessidade de estimular os consumidores  a serem exigentes e responsáveis consumindo produtos pouco embalados e a recusarem os saquinhos de plástico “à borla” e que, por isso e por outros factores, acabam num “vazadouro controlado” (um dia será aterro sanitário e já deixei de lhe chamar lixeira), os raticidas que se espalham anarquicamente e às toneladas sem um acompanhamento técnico adequado, etc.

Claro que todas estas temáticas são importantes para uma proposta de desenvolvimento sustentável, mas algumas, pelas acções concretas que têm sido levadas a cabo, suscitam maior urgência de reflexão e de acção. Estou a pensar, concretamente, na desratização!

No Faial (ainda não sei como de faz nas outras ilhas, mas não deve ser muito diferente! Tenho que procurar informação), vai-se distribuindo, com intervalos de tempo diferentes, entre 10 a 20 toneladas de raticida que é aplicado em toda a ilha por pessoas sem formação técnica para o fazerem!!!! Claro que muita gente segue as instruções dos Serviços Agrários à risca, mas quantos não o farão? Tenho testemunhos de pessoas que viram serem lançados, qual sementes ao vento, doses de raticida que põem, seguramente, a saúde pública em risco!

Também sei (temos todos acesso a essa informação através da página da C.M.H.) que se fazem análises químicas a constituintes específicos, menos frequentes, mas exigidos por lei, a vários compostos químicos, mas nessa listagem, não vi o princípio activo dos raticidas que têm sido usados! Será que a forma como se “espalha” o veneno é tão segura que possamos todos dormir descansados e beber, depois de um sono tranquilo, um copo de água pela manhã?

sexta-feira, 10 de abril de 2009

O Partido Ecologista "Os Verdes" nos Açores

Não há dúvida que o Partido Ecologista "Os Verdes" se começa a afirmar nos Açores, mas precisa de muita consolidação! 
Os companheiros, que foram aparecendo e dando a cara ou as ideias por este partido ecologista, estão dispersos pelas nove ilhas e o movimento colectivo que se esperava, está a ser dificultado pela distância física (e económica!).
A minha proposta, é que vão participando no blog, enquanto eu, como Conselheira Nacional do PEV, farei tudo para proporcionar um Encontro Regional de "Os Verdes".
Por favor, não desanimem com dificuldades pontuais de organização e comunicação. Temos muito que fazer!

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Produzir Local e Consumir Local

"Os Verdes" pretendem levar a cabo uma campanha sobre as vantagens de produzir local e consumir local. Na sequência dessa decisão, tomada na XIª Convenção do PEV atravéz da aprovação de uma moção sectorial, o colectivo do Faial, resolveu iniciar a sua acção atravéz da publicação de um artigo no Jornal Fazendo, no sentido se sensibilizar a população para esta temática.

O artigo, contava assim:



O investimento na industrialização e globalização da agricultura tem sustentado os sistemas corporativos baseados na mecanização e tecnologia e orientados para exportação, trazendo impactos negativos para a saúde pública, a qualidade alimentar e nutricional, os meios tradicionais de subsistência e as culturas autóctones locais.
Embora o estandarte da agricultura industrializada seja o de, supostamente, resolver problemas mundiais de “ineficiência da produção em pequena escala” e de fome no mundo, todos sabemos que a fome no mundo continua e, a par desta dura realidade, os ecossistemas tornaram-se mais vulneráveis, a poluição do ar, da água e do solo aumentaram e surgiu uma nova poluição, a genética. Tudo isto, graças à utilização de combustíveis fósseis, dos pesticidas e fertilizantes e da engenharia genética como matérias e técnicas priveligiadas por este tipo de agricultura colocando em risco a segurança alimentar ou ambiental, trazem ameaças inaceitáveis para a saúde pública, impactos ambientais irreversíveis e/ou violam os direitos inerentes aos agricultores de proteger suas terras contra poluentes.
Uma vez que se reje pela produção de monoculturas orientadas para exportação, a industrialização agrícola originou uma explosão de comércio a longa distância de produtos alimentares com o consequente aumento do uso de combustíveis fósseis para o transporte, pondo em causa ainda mais o clima e o ambiente, em geral.
Cada vez mais tomamos consciência de que o nosso habitat natural, não aguenta muitos mais anos de utilização intensiva como a que se fomentou no século XX. A grande questão agora é saber como inverter a situação, como satisfazer as necessidades e aspirações de hoje sem comprometer as necessidades das gerações vindouras, nomeadamente, como parar as alterações climáticas, a exploração desenfreada dos recursos naturais, a redução da biodiversidade, o aumento dos resíduos e poluentes e o aumento do consumo energético?

No seguimento dos factos e das preocupações enunciadas, pretendo propor uma reflexão sobre algumas medidas que podem contribuir para resolver alguns dos problemas apresentados, nomeadamente, a produção local para consumo local.
No que diz respeito à produção local e consumo local, isto significa que a produção deverá ser localizada perto dos centros urbanos, dos centros de consumo, principalmente a produção de hortícolas biológicos terá mais, e melhores, condições para ser competitiva se a produção for local para consumo local.
Não faz sentido comprar legumes de zonas afastadas do consumo se perto tivermos terra fértil e os recursos humanos necessários para a trabalhar. Não faz sentido as complexas redes de distribuição e comercialização se podermos encurtar a distância entre o produtor e consumidor, aumentando dessa forma a competitividade dos produtos, produzidos e reduzindo a quantidade de energia necessária e o aumento da libertação de CO2 . associado ao seu transporte.

Desta forma, proponho que, desde já, actuemos como consumidores conscientes e exigentes, agindo localmente. Assim, proponho que, todos os que gostariam de ver valorizados os produtos locais, se pronunciassem sobre essa matéria nas caixas de sugestões/reclamações dos locais de abastecimento de produtos de consumo básico, nomeadamente, no hiper e no mercado municipal.
Aqui fica uma sugestão (uma vez que “a união faz a força”):

Exmo. Sr/Sra (comerciante?), gostaria ver destacados, no seu espaço comercial, os produtos locais e regionais.

Cristina Carvalhinho

Os Açores “dificilmente terão capacidade para distribuir energia que armazenem” disse o da Director-Geral da Investigação da União Europeia

Lisboa, Portugal 04/04/2009 18:26 (LUSA)


“Em declarações à Agencia Lusa à margem dos trabalhos da 2ª Conferência Transatlântica sobre Energias Renováveis, José Manuel Silva-Rodríguez argumentou que “persistem actualmente problemas com a distribuição de outros produtos”.
Para o Director-Geral da Investigação da União Europeia podem “fazer coisas importantes no armazenamento de energia para consumo próprio e nas áreas da investigação e aplicação das energias eólica, geotérmica e das ondas do mar”.
Para isso, acrescentou, “será importante a determinação das autoridades regionais e da acção da universidade e organismos de investigação do arquipélago”.
José Manuel Silva-Rodríguez, que interveio numa mesa-redonda sobre “Alianças Internacionais para a Promoção dos Sistemas Sustentáveis de Energia”, realçou que o Programa Quadro da UE para as energias “é o mais internacional de todos”.
A UE, continuou, “tem acordos com 35 países no mundo” e pretende alargar a cooperação aos países emergentes como o Brasil, Argentina e México, porque entende que “o problema é tão global que só pode ser resolvido com mecanismos globais”.
Chamou a atenção do “mundo empresarial [privado]” a quem acusou de “não estar à altura do esforço de investimento tecnológico do sector público”.
É preciso, preconizou José Manuel Silva-Rodríguez, “efectuar uma revolução tecnológica e aumentar o esforço de investimento na sociedade do conhecimento”.
Defendeu “um incremento de todos os recursos e uma estratégia conjunta acompanhada dos respectivos mecanismos” que actuem “para uma união dos 10 mais importantes centros que investigam as mudanças climáticas, que melhore a conexão entre universidades e fomente iniciativas industriais nas áreas eólica, solar, fissão nuclear e transporte energético”.
Por seu turno Marc Pacheco, Senador Estadual do Massachusetts, realçou o facto de “as empresas de energia estarem a falhar mais do que as outras” defendendo “uma inversão da situação”.
Segundo disse “os negócios da energia que foram estudados determinam novas políticas para que as empresas de energia limpa possam desenvolver-se”.
Para o senador norte-americano “as políticas ambientais têm de fazer parte da legislação”.
Acredita que “com [Barak] Obama a situação vai mudar” porque o discurso que o presidente norte-americano fez “directamente ao departamento de energia indica que vão haver mudanças”.
Por isso pensa que “os EUA vão cooperar com o mundo para promover iniciativas comuns” criando-se programas para “ajudar a utilizar a energia com mais eficiência, nomeadamente as renováveis”.
A 2ª. Conferência Transatlântica sobre Energias Renováveis, promovida pela Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo, debateu a “Elevada Penetração de Energias Renováveis: uma contribuição para o Desenvolvimento Regional Sustentável”; “Projecto Green Islands – Uma Estratégia e um Plano de Acção para os Açores” e “Alianças Internacionais para a Promoção dos Sistemas Sustentáveis de Energia”.”
JAS
Lusa/fim

terça-feira, 7 de abril de 2009

Contacto Verde nº61

Já está disponível o nº 61 da newsletter "Contacto Verde"!

Nesta edição da Contacto Verde o destaque vai para a XI Convenção Nacional Ecológica, que teve lugar nos passados dias 13 e 14 de Março em Lisboa e que constituiu uma oportunidade debater ideias para a emergência da ecologia no mundo.
Na entrevista Patricia McKenna, que foi membro da direcção dos Verdes Europeus e deputada no Parlamento Europeu eleita pelo Partido Verde da Irlanda e, recentemente, participou como convidada na XI Convenção Nacional Ecológica, dá a conhecer as questões que se colocam aos Verdes no poder.
No In Loco Diogo Caetano, presidente da Direcção dos Amigos dos Açores – Associação Ecológica, contesta as touradas de Morte nos Açores.No próximo número estarão já em foco as candidaturas às próximas eleições, as listas, as ideias e as apostas.

Consulta esta newsletter aqui

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Conselho Nacional de "Os Verdes" - 4 Abril - Lisboa

Reuniu no sábado, pela primeira vez depois da 11ª Convenção, em Lisboa, o Conselho Nacional do PEV, destacando-se as seguintes conclusões do debate produzido:

1. SOBRE A SITUAÇÃO INTERNACIONAL – G20 E CIMEIRA DA NATO“Os Verdes” consideram que as decisões tomadas pelo G20 não constituem mais do que uma máscara para recusar aquilo que é inevitável aceitar: que o sistema capitalista colapsou!Foram anunciados mais uns largos milhões para injectar no sistema, que certamente irão em muito continuar a beneficiar o poder económico e as grandes instituições financeiras, mas “Os Verdes” relembram que já foram anunciados vários pacotes financeiros (como o primeiro, em 2008, de 400 mil milhões de euros na UE ou os 700 mil milhões nos EUA) e, contudo, desde então a crise tem-se intensificado.Foi também anunciada, no G20, mais regulação e a elaboração de listas negras de ‘off-shores’, sabendo-se que esses paraísos fiscais não servem a humanidade e é neles que se branqueia muito dinheiro de negócios vergonhosos para essa mesma humanidade. O G20 demonstrou falta de coragem em acabar de vez com estes paraísos dos ricos, demonstrando ao serviço de quem está verdadeiramente.O mundo continua a assistir a medidas direccionadas no sentido de aprofundar as causas que levaram à falência do sistema, como continua a ver os países mais ricos a investir fortemente em recursos militares e bélicos, como demonstra a cimeira da NATO que está a decorrer, enquanto milhões de pessoas no mundo são condenadas à fome dentro deste sistema e enquanto o desemprego vai engrossando, estimando-se que em 2010 chegue aos 36 milhões de desempregados nos países da OCDE.“Os Verdes” afirmam que o problema se centra num sistema que concentra a riqueza numa pequena minoria e generaliza a pobreza a uma larga maioria, sustentado num poder financeiro que engorda com a lógica de substituição da valorização do trabalho e dos salários, que são o verdadeiro suporte do poder de compra, pelo crédito e pelo endividamento das empresas e das famílias, tornando-as sempre mais dependentes daqueles que não param de enriquecer.Por isso, “Os Verdes” defendem que, face a esta crise do sistema, é preciso tomar consciência que a intervenção do Estado é fundamental para gerar mais igualdade, e por isso é determinante que serviços essenciais sejam geridos de acordo com o interesse público, e não em função dos lucros de accionistas e administradores, e por isso têm que estar nas mãos dos Estados.Por isso, “Os Verdes” vão apresentar em Portugal, na Assembleia da República, uma proposta para que serviços essenciais, como a água, a energia e os transportes estratégicos, estejam nas mãos do Estado.

2. SOBRE A CRISE SOCIAL“Os Verdes” denunciam a responsabilidade também das opções políticas do Governo na situação que hoje se vive no país, designadamente com a forte quebra de investimento público nos últimos anos e com medidas que contribuíram para a estagnação da economia, como a desvalorização salarial e das pensões e o aumento do IVA. Mais, denunciamos que as medidas paliativas que o Governo tem vindo a anunciar não prosseguem objectivos de recuperação estrutural do país e não estão a chegar a todos os destinatários que delas precisam.Manifestam assim “Os Verdes” uma profunda preocupação com os níveis de desemprego que se estão a revelar no país, já atingiram os 8,5%, gerando uma crise social gravíssima, e entendem que o Governo tem que dar o exemplo na garantia do emprego no país.Pelo que, “Os Verdes” propõem que não se elimine mais nenhum posto de trabalho na Administração Pública e que o Governo abandone de imediato a proposta que tem, de acabar com mais 56 mil postos de trabalho na Administração Pública.

3. SOBRE INSEGURANÇA E FOGOS FLORESTAIS“Os Verdes” entendem que o país não pode sobreviver da propaganda do Governo e não pode aceitar que o Executivo se procure desresponsabilizar das culpas que tem no fomento de realidades indesejáveis no país. A título de exemplo, “Os Verdes” realçam os dados do último relatório de segurança interna que indicam um aumento substancial da criminalidade violenta, demonstrando que, ao contrário do que o Governo anunciou, a reforma do sector da segurança não foi positivo, designadamente o afastamento da polícia de proximidade.Também ao nível dos fogos florestais, designadamente em áreas protegidas (Parque Nacional da Peneda-Gerês, Parques Naturais de Montesinho, do Douro Internacional e da Serra da Estrela), tivemos muitos anúncios do Governo ao nível dos meios de prevenção e combate, o certo é que basta termos condições climatéricas mais favoráveis ao flagelo dos fogos florestais e, imediatamente, se revela uma incapacidade de controlar estas situações e se revelam as fragilidades das nossas áreas protegidas, que decorrem também da opção do Governo de teimosamente não completar o quadro de vigilantes da natureza e de não garantir a limpeza das matas de forma criar melhores condições de sobrevivência destes espaços florestais.Atentos a esta realidade, que a todos nos deve preocupar, “Os Verdes” entendem ser urgente um debate nacional sobre estas matérias.

4. SOBRE O NOVO REGIME DA RAN“Os Verdes” opõem-se ao novo regime da Reserva Agrícola Nacional (RAN), publicado esta semana, o qual não garante opções responsáveis de ordenamento do território, flexibilizando os regimes de excepção, de modo a abrir portas a violações claras ao regime da RAN, permitindo que muitas actividades e construções sejam implementadas nestes espaços, muito para além dos fins agrícolas, designadamente ao nível de empreendimentos turísticos, campos de golfe, florestação de espaços em detrimento da actividade agrícola, estabelecimentos industriais conexos à agricultura, sendo, na perspectiva de “Os Verdes” lamentável a desresponsabilização que se atribui à Comissão da RAN, que, não se pronunciando dentro do prazo estabelecido na lei, faz com que se accione de imediato a figura do deferimento tácito, agora expressamente contido no Decreto-Lei.Por tudo isto, “Os Verdes” vão procurar, no parlamento, pedir a apreciação parlamentar do novo regime da RAN, de modo a introduzir-lhe alterações que o enquadrem no verdadeiro interesse público e de ordenamento territorial de que o país tanto carece, garantindo-lhe um verdadeiro interesse nacional e integrado.

5. SOBRE AS ELEIÇÕES“Os Verdes” debateram ainda formas de concretizar o seu verdadeiro empenho nos próximos actos eleitorais, e designadamente, do primeiro – as eleições para o Parlamento Europeu, que requerem uma forte participação dos cidadãos, quer porque muitas decisões que nos afectam são já tomadas ao nível europeu, quer porque a UE caminha “perdida” por trilhos muito anti-democráticos, como se tem verificado com a procura de impôr um tratado europeu contra a vontade dos povos, quer porque não é possível desligar as políticas nacionais do próximo acto eleitoral.Com um forte empenho num muito bom resultado da CDU, “Os Verdes” apelam à participação na Marcha da CDU contra as opções políticas que nos têm sido impostas e que muito têm degradado as condições de vida das populações e o desenvolvimento do país e pela exigência de políticas alternativas e de esquerda, a realizar em Lisboa no próximo dia 23 de Maio.
Conselho Nacional de “Os Verdes”, Lisboa, 4 de Abril de 2009